domingo, 21 de novembro de 2010

Acabou-se mais um ciclo.

sábado, 20 de novembro de 2010


Ate onde iremos para satisfazer quem gostamos. Temos uma delicada nocao do que pode nos acontecer. Ate onde eu vou para me sentir verdadeiro e parte de um movimento? Ate onde nosso medo nos acompanha?
Duvidamos dos outros e sacamos a desconfianca mas mesmo assim queremos fazer parte de.
Parte da sua felicidade. Parte da sua irritacao. Parte do motivo pelo qual voce quer a liberdade. Parte do motivo pelo qual voce esconde sua solidao.
O medo nos acompanha. O medo e real mas nao deveria estimular o pavor e sim a motivacao. Nao consigo deixar de pensar em todas as vezes que estive com alguem, que com medo, como eu, nao conseguio deixar os preconceitos da auto-critica de lado. Quem seria eu para dizer que estavam errados os jovens imprudentes e inconsequentes, curtindo o que pensavam ser o maximo de seu conhecimento prazeroso.

"Voce tem uma camisinha?"

"Voce nao confia em mim?"
Bosta.


"Vamos fazer um teste de sangue antes de comecar a se envolver assim?"
Medo.


"Voce toma anti-concepcional?"
Preguica.


A realidade e dura porque nao conseguimos manter alguem na nossa cola atraves de um pantano sentimental como as
situacoes acima. Entao forcamos nossos conceitos a se modificarem. Damos espaco para uma jangada mal feita flutuar rio abaixo. Assim comecamos errado, e com certeza nao terminamos direito.

Quanto tempo de reconhecimento e necessario para algo se tornar importante em sua vida? Quanta importancia damos a nos.. Nossa felicidade. Nossa carreira, nossos compromissos e interesses. Estamos certos. Tudo isso importa mais do que sabemos. No entanto, ate onde vamos buscar nossa felicidade e satisfacao, correndo o risco de perder a abrangencia de nosso horizonte?
Nao quero perder minha felicidade. Escuto a musica progredir lentamente. Os agudos e chiados vao crescendo e aumentando a tensao. Traz a sensacao de que voce ainda esta gritando em meus ouvidos. Nao quero esquecer isso. Nunca vou esquecer as loucuras que fizeram desse momento, sobrio e calmo, sentado no sofa, escrevendo, uma delicia. Quero um momento de abstinencia emocional e paz nas amizades. Nao vou voltar atras e quero uma companhia para seguir afrente.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Como não consigo me expressar de maneira indireta, começo dizendo que fui descrito por palavras, e acabei sendo desmoralizado dentro da afobação do momento.

Como alguém pode se comprometer, traçar objetivos, determinar sua posição e depois jorrar o vômito de sua própria confusão no local para dizer que está fedido demais para estar presente, ou mesmo para permanecer calma e com respeito?

O espaço e a privacidade, o amor e a as amizades estão ligadas por um fio que as deixam distantes umas das outras.
O amor merece respeito das amizades, como a privacidade e o seu espaço merece respeito do amor.

Não sei fingír que isto eh com alguém diferente de você, quem gerou toda essa agressão afetiva.
Não sei pensar que estou errado em te deixar correr sozinha se comigo não encontramos ritmo.
Sim, eu sei que você faz de tudo para jogar na minha cara que sempre teve alguém aguardando por este momento de separação. Alguém disponível para sassiar suas vontades primordiais. Espero que você nunca leia esse texto para saber que eu sou feliz por isso, e que o que mais quero e sempre quis é que sua felicidade fosse plena e sem precedências.
Incompreensível. Você tem 19 anos. Quem sou eu para pensar que sou um terapeuta e posso mudar você? Sou um gênio indomável com base no amor e elevado ao fogo da paixão. Um gênio burro e teimoso pra apertar a mesma tecla três vezes sem resposta, e ter esperança que na quarta alguma letra sairá. Qualquer letra, para que possamos começar a escrever nosso conto.

Dou risada. Imagino sua letra um Q. Um Q de dúvida, de complicado e inexplicável. Querosene carbonizando sua própria felicidade.
Mas poderia ser tambem um R de resposta. A raiva que você transmitiu por não ter o que desejava em mãos. O descontrole da emoção por um sentimento de desvalorização gerado por um ato despretensioso mas causado por uma dor do passado.
Terrível e alegre. Uma felicidade escondida pelo dever de mostrar a gravidade do que deveria ser a situação. Um guspe, com G de ganancia para tirar da minha cara qualquér ar de esperança ou simpatia.
Quantas letras possíveis! Quantas letras ausentes?
Quantos dós um piano toca até que percam paciência, o respeito?


Mojojo.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Porque nao posso amar?
Nao posso. Amor me torna fraco e vulneravel. Em um céu de abutres, o chão é repleto de presas, esperando para serem devoradas.

A honestidade existe quando os olhos se cruzam, mas nao há sinceridade consigo.

Suas palavras formam a manteiga no pão de todo dia, que estufa a barriga e deixa sem ar.
Sua verdade é curta e vaga. Seus momentos são planos para sua vida. Um momento é o pano que enxuga suas lágrimas. Sua vida gira em torno de sua lastima, que púngi a presa somente depois de a satisfazer.

Existe dentro de nos a vontade. Existe sempre tambem o porem. O agora eh o que importa mas o futuro nao nos abandona a imaginacao. Assim o equilibrio se vai, junto com a vergonha. O amor corrompido se dissipa pelo corpo e se transmuta em rancor e tristeza aguda e afiada nas pontas dos dedos e da lingua, apenas esperando o sinal para se liberar em violenta expressao artistica, em sinuosa agressao verbal.

Aguas passadas nao movem moinhos. Porém, chegam até o oceano, aonde, um dia voltarão para terra em forma de onda.


Mojojo.