quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Como não consigo me expressar de maneira indireta, começo dizendo que fui descrito por palavras, e acabei sendo desmoralizado dentro da afobação do momento.

Como alguém pode se comprometer, traçar objetivos, determinar sua posição e depois jorrar o vômito de sua própria confusão no local para dizer que está fedido demais para estar presente, ou mesmo para permanecer calma e com respeito?

O espaço e a privacidade, o amor e a as amizades estão ligadas por um fio que as deixam distantes umas das outras.
O amor merece respeito das amizades, como a privacidade e o seu espaço merece respeito do amor.

Não sei fingír que isto eh com alguém diferente de você, quem gerou toda essa agressão afetiva.
Não sei pensar que estou errado em te deixar correr sozinha se comigo não encontramos ritmo.
Sim, eu sei que você faz de tudo para jogar na minha cara que sempre teve alguém aguardando por este momento de separação. Alguém disponível para sassiar suas vontades primordiais. Espero que você nunca leia esse texto para saber que eu sou feliz por isso, e que o que mais quero e sempre quis é que sua felicidade fosse plena e sem precedências.
Incompreensível. Você tem 19 anos. Quem sou eu para pensar que sou um terapeuta e posso mudar você? Sou um gênio indomável com base no amor e elevado ao fogo da paixão. Um gênio burro e teimoso pra apertar a mesma tecla três vezes sem resposta, e ter esperança que na quarta alguma letra sairá. Qualquer letra, para que possamos começar a escrever nosso conto.

Dou risada. Imagino sua letra um Q. Um Q de dúvida, de complicado e inexplicável. Querosene carbonizando sua própria felicidade.
Mas poderia ser tambem um R de resposta. A raiva que você transmitiu por não ter o que desejava em mãos. O descontrole da emoção por um sentimento de desvalorização gerado por um ato despretensioso mas causado por uma dor do passado.
Terrível e alegre. Uma felicidade escondida pelo dever de mostrar a gravidade do que deveria ser a situação. Um guspe, com G de ganancia para tirar da minha cara qualquér ar de esperança ou simpatia.
Quantas letras possíveis! Quantas letras ausentes?
Quantos dós um piano toca até que percam paciência, o respeito?


Mojojo.

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